quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Evitar o desperdício, um ato de cidadania


Medidas simples em casa ajudam a economizar recursos e contribuem para a conquista de um mundo melhor para se viver


Um simples esforço e mudança de hábitos no dia-a-dia doméstico pode propiciar uma economia no bolso, além de contribuir para um mundo melhor. O risco do apagão e a obrigatoriedade de racionamento de energia deixou muito brasileiro mais consciente do que está consumindo. Evitar o desperdício de energia elétrica, água, papéis ou telefone é essencial nos dias de hoje. E o chefe de família não deve se intimidar com o rótulo de miserável ou pão-duro. Mais que economizar, combater o desperdício é um ato de cidadania.
Racionalização não pode ser confundida com miserabilidade. O cotidiano dentro das casas e lares brasileiros é o maior exemplo de que a população ainda não deu a devida importância à necessidade de evitar o desperdício. Começando pelo que comemos. Em países como a França, Estados Unidos, Japão, Itália, enfim, os chamados países industrializados, a atitude diante do desperdício é vista sem medo de exageros. Engana-se também quem pensa que o povo norte-americano - conhecido como consumista - é capaz de desperdiçar alimento, como acontece com o Brasil.
Estima-se que uma residência, em média, desperdiça 25% de gás, 30% de água e 42% da eletricidade que, em tese, está consumindo. Um exemplo simples é na lavagem do automóvel. Uma mangueira aberta por 30 minutos gasta entre 200 e 550 litros d'água, enquanto que quatro baldes com 10 litros cada seriam mais que suficientes para o trabalho. Seria economizado, neste caso, de 20% a 80% da água. Outra medida é na própria cozinha, onde o simples ato de usar panelas destampadas constitui um desperdício de gás, além de perda de preciosos nutrientes na preparação dos alimentos.
Mas a economia pode ocorrer em praticamente toda a casa. Com a energia é preciso se preocupar com as fugas de corrente elétrica. Elas podem ocorrer devido a defeitos na instalação, emendas mal feitas, disjuntores não compatíveis e eletrodomésticos com defeitos. É preciso também ter cuidado com as ligações clandestinas ("gatos" ou "gambiarras") que podem aumentar o seu gasto.
A energia ganhou destaque especial depois da campanha de racionamento do governo federal. O brasileiro começou a se acostumar com a idéia de fazer check-up na rede elétrica. Na iluminação da casa é recomendado evitar acender lâmpadas durante o dia; apagar as lâmpadas dos ambientes desocupados (menos as que contribuem para a sua segurança) e utilizar somente lâmpadas de voltagem (volts) compatível com a da rede concessionária local. O usa racional do chuveiro elétrico, do ferro, geladeiras e freezer também é uma dica.
Também é preciso prestar atenção no uso da televisão. Conforme o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 38,9 milhões possuem o aparelho em casa. O importante neste caso é não deixar a TV ligada quando você não estiver assistindo e evitar dormir com o aparelho ligado. Nos modelos com "timer", pode-se programar o desligamento. Economizar água também ajuda a poupar energia. A água usada nas usinas hidrelétricas não é a mesma do abastecimento. Mas, para que a água chegue a sua casa ou apartamento, ela tem de ser bombeada. Na maioria dos casos, as bombas são movidas por energia elétrica.
A economia de água passa pelo fechamento completo da torneira. Mas, se perceber que a torneira não pára de gotejar, comunique ao responsável pela manutenção (se morar em condomínios) ou providencie o conserto. Fique atento a possíveis vazamentos observando manchas escuras na parede, por exemplo.

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