O Brasil é o país do futebol. Essa frase sempre é usada de forma exaustiva quando se fala sobre esporte por aqui. Entretanto, uma modalidade paraolímpica vem ganhando destaque e títulos: o ciclismo chega com força e é promessa para a Paraolimpíada de 2012, em Londres. A modalidade tem uma história recente no cenário olímpico. As disputas começaram na década de 80, sendo que apenas cegos participavam das competições. No ano de 1988, Seul (Coreia do Sul) foi a responsável por abrigar os jogos paraolímpicos e a primeira edição que colocou o ciclismo de estrada no programa oficial. Desde Atlanta (1996), o ciclismo tem evoluído e obtido cada vez mais notoriedade. No esporte podem competir pessoas com paralisia cerebral, cegos, amputados e cadeirantes, tanto do sexo masculino quanto do feminino. As provas são realizadas na estrada (percurso que pode chegar a 120 km) ou em um velódromo (pista oval que varia entre 250 e 325 metros de extensão). As disputas contrarrelógio têm como vencedor aquele que completar a competição no menor tempo; já na estrada, resistência é o fator principal. As regras são definidas pela União Internacional de Ciclismo (UCI) e a Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC) é a responsável pelo segmento nacionalmente.
Categorias do Ciclismo Paraolímpico |
C1 - Atletas com maior grau de deficiência, normalmente amputação em um membro superior e um inferior; C2, C3 e C4 - Para entrar em uma dessas categorias, é medido o grau de amputação de cada atleta. Quanto maior o grau de dificuldade de locomoção, menor é o número da categoria; C5 - Atletas com pequeno prejuízo em função da deficiência, normalmente nos membros superiores; T1 e T2 - Comportam atletas que necessitam de triciclos para competir no ciclismo. É avaliado o grau de dificuldade de locomoção do ciclista para ser encaixado na categoria; Tandem - Para ciclistas com deficiência visual. A bicicleta tem dois assentos e ambos os ocupantes pedalam em sintonia. Na frente, vai um ciclista vidente e no banco de trás, o atleta cego; Handbike - Para atletas paraplégicos que utilizam bicicleta especial impulsionada com as mãos. |
Marca Brasileira
A trajetória do Brasil começou a ser traçada a partir de 1992, em Barcelona, com a participação de Rivaldo Gonçalves Martins. O brasileiro, amputado da perna esquerda, usava uma prótese para andar de bicicleta e conquistou o título de campeão mundial na prova de contrarrelógio na Bélgica. Posteriormente, no Parapan- Americano de Mar del Plata (Argentina), em 2003, o País trouxe duas medalhas de ouro - com o próprio Rivaldo - e uma de prata com Roberto Carlos Silva.
A trajetória do Brasil começou a ser traçada a partir de 1992, em Barcelona, com a participação de Rivaldo Gonçalves Martins. O brasileiro, amputado da perna esquerda, usava uma prótese para andar de bicicleta e conquistou o título de campeão mundial na prova de contrarrelógio na Bélgica. Posteriormente, no Parapan- Americano de Mar del Plata (Argentina), em 2003, o País trouxe duas medalhas de ouro - com o próprio Rivaldo - e uma de prata com Roberto Carlos Silva.
"Esse esporte começou a ganhar mais adeptos no Brasil. Além disso, esses atletas se apresentaram com idade e preparo físico de profissionais. Desde Barcelona, a modalidade só cresceu e temos ciclistas de ótimo nível, como Soelito Gohr, Lauro Chaman, João Schwindt, entre outros", fala o técnico da seleção brasileira de ciclismo paraolímpico Romolo Lazzaretti. O treinador é italiano e ocupa o cargo oficialmente desde 1998. Sua carreira sempre foi voltada para o ciclismo e ele chegou a fazer parte da seleção da Itália no esporte.
Um detalhe curioso aconteceu no mundial de Quebec, no Canadá, em 2010. O trio brasileiro Soelito Gohr, Lauro Chaman e João Schwindt - respectivamente ouro, prata e bronze - dominou a competição e deixou o pódio completamente verde e amarelo. Em Pequim (2008), Soelito Gohr ficou em quarto lugar. Segundo Lazzaretti, o Brasil tem chances de ter um desempenho ainda melhor na Paraolimpíada de Londres, principalmente pela qualidade e esforço dos atletas, obtidos durante os treinos.
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