A disputa por uma vaga direcionada aos deficientes virou caso de polícia, em São José dos Campos. De um lado um cadeirante, de outro um delegado da cidade. E, entre eles, a intolerância.
Anatoli Magalhães Macedo Morandini foi até um cartório no centro da cidade na última terça-feira (18), mas encontrou a vaga ocupada pelo carro de um homem sem qualquer deficiência física. Depois de estacionar mais a diante, voltou para reclamar. Só não esperava que a reação do motorista seria tão violenta. “Entrou pra dentro do carro e perguntou se eu queria morrer e que eu não sabia com quem eu estava mexendo“, conta Morandini.
Segundo o boletim de ocorrência, o motorista é Damásio Marino, delegado de polícia da cidade. “Ele me discriminou em relação a minha deficiência física. Deu um golpe com arma na minha cabeça e bateu com a ponta da arma duas vezes no meu rosto”. As marcas da agressão estão no rosto, na cabeça e na camiseta de Anatoni. Ele tem trauma de armas. Foi baleado num assalto há 18 anos e ficou paraplégico.
O advogado do delegado diz que o cliente parou na vaga porque a mulher dele está grávida. Admite que o policial deu dois tapas em Anatoli durante a discussão. “Ele entrou no carro, abriu o vidro, levou uma cusparada no rosto. Aí, como qualquer cidadão, não como delegado de polícia, ele saiu do carro e realmente deu dois tapas nessa pessoa. Ele não utilizou arma alguma”, diz o advogado Luiz Antônio Silva.
Karina Garcia, que estava na fila do cartório, viu tudo e desmente a versão do advogado. “Ele bateu com a arma na cabeça do cadeirante, entrou no carro e continuou com a arma em punho mostrando pro cadeirante”, conta a testemunha.
O delegado acusado não quis gravar entrevista. A Corregedoria da Polícia Civil abriu um processo admnistrativo e instaurou um inquérito para investigar o caso. Enquanto isso, o delegado Damásio Marino continua trabalhando normalmente.
nosssa! que coisa ridicula....
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