quarta-feira, 23 de março de 2011

Vendidos carnes e ovos contaminados com dioxina







Há mais de um século, a pena inspirada de Ellen White escreveu assim, a propósito da produção de animais destinados a consumo humano: "muitas vezes são levados ao mercado e vendidos para alimento animais que se acham tão doentes que os donos receiam conservá-los por mais tempo. E alguns dos processos de engorda para venda produzem enfermidade. Excluídos da luz e do ar puro, respirando a atmosfera de imundos estábulos, engordando talvez com alimentos deteriorados, todo o organismo se acha contaminado com matéria imunda" (A Ciência do Bom Viver, p. 314).

Há dias, surgiu a seguinte notícia:
'Milhares de aves e porcos na Alemanha foram alimentados com farinhas contaminadas com uma dioxina que passou para a carne e ovos comercializados. O governo alemão insiste que não há risco para a saúde dos consumidores, mas sabe-se que os produtos alimentares foram exportados para outros países da União Europeia.

A Comissão Europeia (CE) já pediu informações sobre produtos alimentares que possam ter saído do território germânico. Pelo menos a Holanda recebeu mais de 100 mil ovos contaminados provenientes da Alemanha.


Segundo um relatório da comissão de Agricultura da câmara baixa do Parlamento alemão, foram produzidas até 3000 toneladas de gorduras vegetais contaminadas com uma dioxina que depois foram utilizadas no fabrico de rações para animais. A gordura era um resíduo da produção de biodiesel e tinha como destino original o fabrico de produtos não alimentares, entre as quais pasta de papel.

Ainda de acordo com o mesmo relatório, citado pela EFE, as gorduras acabaram por ir parar a várias toneladas de rações - entre 30 e 150 mil -, em proporções entre dois e 10%. Foram localizadas gorduras contaminadas em pelo 25 fabricantes de rações de quatro Estados alemães. Na fábrica da Harles & Jentzsch, os investigadores descobriram que a empresa utilizou um óleo vegetal importado de uma companhia holandesa e que estava devidamente identificado no rótulo como produto não comestível.

Apesar de não representar um perigo para a saúde pública, segundo afirma um porta-voz do governo da chanceler Angela Merkel, estão a ser abatidos milhares de frangos e porcos e ainda ovos contaminados. Mais de mil quintas de criação de animais foram fechadas ao longo da semana.

As rações não terão sido exportadas, mas os produtos derivados dos animais contaminados saltaram as fronteiras alemãs. Pelo menos 136 mil ovos foram vendidos a uma empresa da cidade holandesa de Barneveld. A CE pediu esclarecimentos à Alemanha sobre eventuais exportações para outros países, mas não quer falar em proibição de exportações de ovos e derivados de carne alemã. A Comissão activou o Sistema de Alerta Rápida de Alimentos e Rações, mas admite que levará ainda algum tempo até perceber até que ponto produtos contaminados saíram do território germânico para outros países da União Europeia.

Fonte: O Tempo Final

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